Bairro está na Zona Norte da cidade. Loteamento fica localizado em parte das terras da antiga Fazenda Piedade.
A região norte de São José do Rio Preto (SP) tem 135 bairros e cerca de 150 mil habitantes, número que está em constante expansão. Em 10 anos, o crescimento da população nesta região foi o dobro do restante da cidade. Esse volume de gente corresponde a 34% da população urbana de toda a cidade, segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Rio Preto.
É na região norte que está o bairro mais populoso de Rio Preto, o Solo Sagrado, com quase 24 mil habitantes. Com área de quase 2 quilômetros quadrados, tem 177 quadras e abriga cerca de 6.150 mil casas, mais de 20 igrejas e aproximadamente 80 estabelecimentos comerciais. O bairro fica localizado junto a Avenida Mirassolândia, entre os loteamentos Vila União, Eldorado, Parque Residencial João da Silva; Residencial das Laranjeiras, Jardim Astúrias, Vila Mafalda II, Estância Floresta Park, Residencial Colorado e Jardim das Oliveiras.
O loteamento Solo Sagrado, localizado em parte das terras da antiga Fazenda Piedade e destinado a uso residencial, para suprir a necessidade de moradia para a população de baixa renda, foi implantado em duas etapas. Em dezembro de 1985, a cidade adquiriu duas glebas de terras. Em junho de 1987 foi aprovada a implantação do loteamento Solo Sagrado, dividido em 1.808 lotes para construção de moradias e 144 lotes para a implantação no local de um Mini Distrito Industrial.
A segunda etapa teve início em 1990 quando o município adquiriu mais uma gleba de terras e foi aprovada a implantação do loteamento Solo Sagrado 1, divido em 3.165 lotes para construção de moradias.
A partir da implantação da segunda etapa, os dois loteamentos passaram a constituir o Bairro do Solo Sagrado, com área total de 1.897.475,00 m², divido em 4.973 lotes para moradias e144 lotes que deram origem ao “Mini Distrito Industrial Solo Sagrado”.
Um dos pioneiros do local, o aposentado Luiz Ernesto Feltrin, lembra do começa do bairro. “Tinha muito boi, tatu, mato, lama, buraco, é o que tinha”, brinca Feltrin.
Mesmo sendo um lugar muito afastado, a agente educativa Silvana Dias Fernandes e o marido acreditaram no bairro. “Naquela época ou construía ou comia, era uma época difícil. Íamos até a mercearia, pagava na caderneta por semana ou por mês e ainda bem que tinha uma padaria, assim não faltava o pão”, afirma a agente.
Quem passeia pelo bairro tem de parar em uma sorveteria para aliviar o calor. No local, quem se refresca é o aposentado Wilson Freitas. Ele se mudou para o Solo Sagrado há cerca de 9 anos e encontrou o lugar ideal para levar uma vida tranquila. “Quando eu cheguei era zona rural, mas sabia que seria um bairro de gente humilde e trabalhadora. Moro em Rio Preto há 62 anos e escolhi o Solo Sagrado para ser meu lar”, diz o aposentado.