Estudo do Sindicato da Habitação mostra mercado estável na cidade. Uma das explicações estaria nos imóveis compactos, de um dormitório.
Contrariando a tendência de algumas regiões do estado e até do país, o setor imobiliário de São José do Rio Preto (SP) tem superado a recessão. Um estudo do Sindicato da Habitação mostra um mercado estável, mesmo com a economia desacelerada. Uma das explicações estaria no segmento de imóveis compactos que, segundo as construtoras, ainda têm alta procura.
De norte a sul da cidade, tem um prédio ou vários em construção e também prontos. Rio Preto tem hoje 2.100 imóveis à espera de um comprador. A cidade nunca teve um estoque tão alto assim, mas isso não significa que as vendas estão paradas como em outras regiões do estado. “Muitas construções estão ficando prontas no período que foram lançadas em 2006, 2008 e agora estão terminando essas obras. Automaticamente acaba ficando com um estoque maior na cidade, mas a venda continua sendo feita da mesma forma”, afirma o diretor regional do Secovi Alessandro Nadruz.
Houve uma desaceleração nas vendas, principalmente dos imóveis de dois dormitórios que se encaixam na faixa de preço do Programa Minha Casa, Minha Vida, isso por conta da mudança nas regras do financiamento. Já os apartamentos pequenos em áreas nobres da cidade se multiplicam e quase não se tem estoque. “De forma positiva o estudo que a gente fez em Rio Preto mostra um mercado estável o que é muito bom num momento de crise econômica que o país todo vive. A gente pode constatar no nosso estudo que as unidades mantiveram-se com os lançamentos na cidade e que é um bom momento para compra na cidade”, diz Flávio Ayres Amary, vice-presidente do interior do Secovi.
Um dormitório, um banheiro, sacada, sala e cozinha. Apartamentos compactos estão se tornando uma tendência na cidade. Um, de 47 metros quadrados, por exemplo, custa R$ 240 mil. As 132 unidades foram vendidas em um único fim de semana e a construtora se prepara para mais dois lançamentos este ano. “O mercado compacto trouxe uma solução interessante, você tem um valor de mercado menor, ou seja, o apartamento é menor, ele custa menos e você consome menos necessidade de financiamento então facilita a aquisição”, diz Hilton Hugo Fabri, diretor da construtora.
O aposentado Paulo acabou de comprar um apartamento de um dormitório para investimento. Ele pesquisou bastante e apesar da oferta grande de imóveis os preços não se alteraram. “Opção tem bastante, mas não vi preço baixar apesar da demanda grande em Rio Preto”, diz Paulo.